sábado, 7 de abril de 2018

03/04

Eu poderia passar um dia inteiro falando sobre a minha melhor amiga da adolescência. Nós nos distanciamos e talvez tenha sido uma das coisas que compõem o meu top 3 de piores coisas que aconteceram comigo. Era uma amizade muito diferente de qualquer outra que eu já tive, não que eu tenha amigos ruins hoje em dia, mas o modo como nós compartilhamos a vida no tempo que nossa amizade existiu, eu nunca mais senti.
Eu sou péssima com datas e nomes, demoro uma vida pra aprender, mas o aniversário dela eu nunca vou esquecer. Nós amavamos aniversários e fazíamos contagem regressiva pra esse dia chegar, mas faz uns anos que não nos falamos mais como antes. Ultimamente a gente se vê duas vezes no ano e e tudo muito diferente, então essa semana foi aniversário dela e eu que sempre sinto falta do que nós tínhamos, da hora que acordei até a hora de ir dormir só conseguia pensar em como eu queria que o dia dela fosse feliz e como eu queria poder estar presente tentando fazer com que ela estivesse mais feliz. A gente pode não ser mais tão amigas assim hoje em dia, mas no meu coração, o espaço que foi dela nunca será de mais ninguém.

terça-feira, 3 de abril de 2018

Durante muito tempo eu fui muito ciumenta. Muito mesmo, de perder a fome, de ir "investigar" de querer saber e tudo maisbe hoje eu sou nada ciumenta. Ciúme zero. 
Faz uns tempos que eu decidi que 2018 seria o meu ano pra trabalhar e pra ser bem resolvida, sabendo que qualquer que tenha sido o meu trabalho, eu dei o melhor de mim pra executar e que eu pegaria todas as minhas questões pessoais e ia trabalha-las até que não fossem mais um problema e eu fosse segura sobre elas. Entre tantas coisas sobre mim que eu trabalhei, teve uma muito importante que foi tentar entender o porquê do ciúme ter passado e a conclusão chega ser tão estúpida de óbvia. Eu vivia em relações bem ridículas que me deixavam muito insegura. Eu neguei por muito tempo que fosse isso porque não queria assumir pra mim, porque dói. Eu vivi em relações com pessoas que não gostavam de mim tanto assim pra que me fizessem sentir segura. E então eu posso seguir em frente. Nenhum deles gostava tanto de mim assim.

domingo, 18 de março de 2018

Hoje por acaso eu comecei a ler o meu blog antigo e eu costumo evitar pelas minhas descrições de relacionamentos passados que me fizeram sofrer e me deixavam triste, mas hoje eu acabei lendo além disso, as minhas descrições de mim, minhas autoavaliações de antes da terapia e eu vivia caindo em contradição. Talvez hoje eu ainda caia, mas acho que hoje me entendo melhor. Em algumas postagens eu vivia uma indecisão para viver ou não um relacionamento sério, quando eu era louca pra ter um relacionamento, mas era cheia de inseguranças com algumas pessoas que queriam e outras pessoas que queriam eu não gostava então ficava com receio de magoar as pessoas.
Depois entrava o caso do outro blog que criei onde falava o que queria que as pessoas vissem em mim e não a realidade, então parei pra avaliar hoje o que me causaria isso de "agora eu quero/agora não quero" e isso com certeza seria ter filhos. Eu sou a pessoa mais indecisa do mundo com isso. Primeiro porque eu tenho agonia de barriga de grávida e a minha barriga já está grande ultimamente, eu tenho certeza que eu ia meio que odiar a minha imagem no espelho e são 9 meses, né. Ia ser muito difícil. Tem também o lance de maridinho ficar longe muito tempo e eu ia querer um pai presente full time. Mas seria bom na fase mais crescidinha da criança porque ela teria o pai presente por 3 semanas full time. Isso é sensacional.

Tinha dias que eu amava meu trabalho e tinha dias em que odiava. Hoje em dia eu adoro fazer o que eu faço, em alguns lugares sou mais realizada do que outros, mas gosto. Acredito que por ser mais segura, por ter sido uma péssima aluna do técnico eu achava que nunca seria uma boa profissional. Eu nem era ruim, mas a propaganda era melhor do que o produto.

Teve uma postagem falando que eu não entendia traição, mas eu tinha traído todos os meus ex. Inclusive, o blog começou por isso, porque eu precisava conversar com alguém e era impossível porque ninguém é favorável pra traição, então eu não tinha com quem comentar a situação.

Mas a coisa mais doida é que eu vivia brigando com as pessoas e hoje eu sou zero briga. Eu não brigo com ninguém, nem com quem tá brigando comigo. Eu não sei se foi a maturidade adquirida com o tempo, mas eu era assim, aloka dos barracos, mas hoje eu sou mega zen.  Talvez resultado das coisas citadas antes que foram resolvidas, mas recomendo ser zero briga. A paz aqui é demais.

sexta-feira, 16 de março de 2018

Catedral

Eu sou uma pessoa só. Considerando que existe uma diferença entre estar só e ser só, eu sou uma pessoa só. O "ser" está ligado ao fato de se sentir assim e isso ser imutável e é como eu me sinto. Posso estar rodeada de pessoas de quem até gosto, mas estou me sentindo sozinha.
Quando eu tinha 4 anos ouvi a primeira vez uma música da Zélia Duncan em que ela cantava "um silêncio, uma catedral, um templo há em mim, onde eu possa ser imortal, mas vai existir, eu sei vai ter que existir, vai existir nosso lugar" e eu entendi o que eu sentia. Eu era aquilo ali, um silêncio, uma catedral e eu só tinha que esperar o meu lugar que ia existir, mas é muito difícil quando se e só. Então depois de cansar eu comecei a me bastar, eu vou pra show sozinha, pro cinema, pro mercado, pro shopping, pra praia... Não existe limites, sou eu e eu sempre.
Eu tenho uma amiga que gosta muito de comemorar aniversário. E o dia mais incrível do mundo pra ela e ano passado eu já tinha visto um pouco do porquê: ela passou mal e além do marido outras duas amigas ficaram cuidando dela. Esse ano ela recebeu várias homenagens de aniversário com vários textões e eu entendi que ela não é só, então em aniversários mesmo que ela tenha se sentido só, ela percebe que não é.

  • Eu continuo sendo, só que um ano mais velha. E um drama só.

terça-feira, 6 de março de 2018

Eu, eu mesma e Euvânia

A vida toda eu fiz diários. Com 6 anos eu comecei o meu primeiro, típico de criança sozinha com muita ideia na cabeça e meu diário tinha até um nome: Animal Kingdom, porque era uma época em que no cruj tinham ido visitar a Disney e nessa parte tinha um zoológico, sei lá, tinha bicho e eu era louca por bichos.
Depois eu tive outros diários e outros diários, até que com 18 anos eu decidi criar o meu primeiro blog, num dia em que eu precisava desabafar sem ser julgada. O blog obrigatoriamente precisava de um nome também e era "lanterna da afogada" e eu dei esse nome por definir o meu estado na época, bem viciada mesmo na Gadu cantando lanterna dos afogados. Depois lá eu escrevi umas das coisas que eu mais gostei, outras que eu tenho vergonha e porque são bem ruins mesmo, mas não apaguei porque diário é assim mesmo.
Depois eu tentei criar outro, mas no outro queria fazer uma imagem mais rebuscada de mim e né? Não tem como. Tentei outro pra falar de viagem, mas dá muito trabalho. Sempre que vocês virem um blog de viagem valorizem.
E agora tô criando esse, pra contar as minhas histórias longas sem a obrigatoriedade de lerem, só pelo prazer de contar.
O nome desse foi a única coisa que eu pensei rápido sobre mim. Na época da escola, quando falavam "hey, qual o seu nome?" , eu sempre respondia "Eu? Vania" e algum tempinho depois descobri que algumas pessoas achavam que meu nome era esse de verdade. Euvânia. Então é isso.
Bjs

03/04

Eu poderia passar um dia inteiro falando sobre a minha melhor amiga da adolescência. Nós nos distanciamos e talvez tenha sido uma das coisas...